Maria das Neves,
Da rosa, da trova,
Bem plena de meios,
Sem veios, nem freios,
Cantou os seus cantos
Sem cantos, de prantos,
Sonhando enluarada,
Na terra enxaguada.
Sonhou com violão,
Cordão e canção.
Pegou o estrangeiro
Ligeiro, veleiro...
Rumou pela rua,
E um carro de lua
Lhe ofertou a morte.
Que sina! Que sorte!
É hoje a Maria
Das noites, dos dias,
Dos troncos de fala...
De talas, de balas...
E os céus alterados,
Ribombos, nublados,
De amor enxaguados,
Saúdam Maria
Da neve, da rosa,
Montanha escabrosa,
Da sova, da soda,
Da prova, da trova,
Da turba, da cova,
Da fria... do dia!
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