Falar de alegrias para esta humanidade egoísta?
Será?
Me atrevo?
Como falar?
Zarpar meu navio deste porto...
Embeber meu espírito em mares mesmo remotos...
De maremotos?
Como falar de poesia?
Como falar, musa?
Como falar?
Passou o tempo, o momento...
As horas de angústias e incertezas passaram.
Aquele meu pensamento,
Do passado ao presente,
Que insistia em penetrar futuro...
É passado
Tudo acabou?
Não sei...
Só sei que estou agora,
Notívago,
A prantear nas dores do mundo.
Se sonhas com um tigre, todo teu corpo tremerá
e palpitará violentamente o teu coração.
Quando despertas, compreendes que foi um
simples sonhos,
e sem embargo o teu coração continuará a bater
da mesma forma.
Da mesma maneira a sensação do EU
fica ainda, depois de realizar o Absoluto,
assim pois, se as sensações do EU
são a causa de todas as tuas moléstias
e é impossível libertá-las delas.
Deixa que o teu EU fique servo do Senhor!
Cada passo passo perna
Nesta lida sempiterna
Mesmo com sufoco rente,
Mas com emoção eterna.
Cada vez ressurges bela,
Com emoção bem passo a passo,
Deste sentimento puro
Sem olhar o embaraço.
Cada passo passo laço
Com o refluir do amor
Passo pela tua porta
No inebriar da dor.
E a ilusão se torna torta...
Corta... porta...
Corta... morta....